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Leites com mais proteína dominam gôndolas: por que essa tendência veio para ficar

  • Foto do escritor: Dalton Bermejo Wang
    Dalton Bermejo Wang
  • 20 de jun.
  • 2 min de leitura

A nova onda do varejo alimentar traz leites e bebidas lácteas diferenciados que aliam saciedade, saudabilidade e inovação em embalagens práticas.


prateleira de supermercado com fileira de leite proteico


Cada vez mais, os consumidores buscam produtos nutritivos e funcionais – e o mercado de laticínios segue essa tendência. Leites proteicos, ultra‑processados com benefícios adicionais, ganham espaço nas prateleiras. Vamos entender o que impulsiona essa virada na indústria e como isso impacta o varejo e o consumidor final.

Explosão do mercado proteico

  • O segmento de bebidas lácteas prontas para beber e enriquecidas com whey cresceu 48% entre 2021 e 2022 no Brasil.
  • Essas bebidas representam cerca de 4 % das vendas de leites aromatizados, mas têm expandido sua participação rapidamente.

Esse movimento reflete a procura crescente por produtos concentrados em proteína, não apenas por atletas, mas pela população em geral, em busca de saciedade e bem‑estar.


Reforço no ponto de venda

Marcas como Vigor, Danone e Piracanjuba investem em estratégias de destaque nas gôndolas:
  • Vigor lançou a linha VIV, com 15 g de proteína por unidade, sem adição de açúcar ou lactose.
  • Segundo a diretora de marketing da Vigor, Karina Dal Sasso, "conquistar visibilidade no PDV e valorizar diferenciais passa a ser a chave para se tornar a escolha do consumidor"

Marcas também investem em embalagens individuais e variados sabores para atender diferentes perfis de consumo.

Saúde, saciedade e conveniência

  • Esse consumo não se limita a atletas: idosos e consumidores que buscam mais saciedade também são parte importante do público.
  • Um estudo apontou que a inclusão de laticínios proteicos no café da manhã aumenta a saciedade e melhora controle glicêmico, ideal para rotinas mais saudáveis.


O desafio da qualidade e do marketing

Produtos com alegações de proteína bombam no marketing, mas muitos são ultraprocessados. Um especialista da Mintel alerta que nem sempre são nutricionalmente superiores portaltela.com.
Em fóruns como r/Maromba, consumidores compartilham experiências:

“Leite molico sem lactose ‘proteína’ – 10 g de proteína por 200 ml – por R$ 5,99 (…) entrega mais proteína por menos preço, o resultado na semana/mês já é mais relevante”

Mas há alertas sobre rotulagem e comparativos:

“Leite (da molico) sem lactose tem 6 g de proteína por si só, a não ser que você tenha que bater muita proteína não vale tanto assim”

Isso reforça a importância de comparar rótulos e considerar custo x benefício com atenção.

A feira de leites proteicos é um reflexo da era “health-conscious”. Nos últimos anos, a alimentação se tornou terreno de inovação: o que era nicho virou mainstream – com crescimento exponencial de bebidas whey, leites A2, zero lactose e ultra‑processados com apelo funcional.

Para o varejo, é hora de investir em diferenciação no PDV e entender os perfis de consumidores. Já o consumidor deve usar o rótulo como aliado: comparar ingredientes, avaliar teor proteico real e preço por grama de proteína.

Refletir: será que estamos escolhendo por saúde ou por marketing? A próxima vez que você pegar um leite com apelo proteico, pergunte a si mesmo: estou pagando por benefício real — ou apenas por embalagem chamativa?

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