Brasil brilha no Guia Michelin 2025: veja os restaurantes premiados
- Dalton Bermejo Wang
- 14 de mai.
- 3 min de leitura
O Brasil voltou a brilhar na gastronomia mundial com o anúncio dos restaurantes contemplados pelo prestigiado Guia Michelin 2025. A lista, divulgada nesta terça-feira (7), premiou 21 casas no país com pelo menos uma estrela Michelin, consolidando São Paulo como o principal polo gastronômico da América Latina. A grande novidade do ano foi a estreia do restaurante Oteque, do chef Alberto Landgraf, no seleto grupo das casas com duas estrelas.

A edição 2025 manteve o Rio de Janeiro e São Paulo como os únicos estados brasileiros incluídos na avaliação. Entre os destaques, o restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, e o Oteque, do Landgraf, reafirmaram sua excelência ao manter as duas estrelas. Já os estrelados com uma estrela incluem o Maní, da chef Helena Rizzo, e o Lasai, do chef Rafael Costa e Silva.
De acordo com o Guia Michelin, a avaliação segue critérios rigorosos e universais: qualidade dos ingredientes, domínio do ponto de cozimento e dos sabores, personalidade do chef na cozinha, relação qualidade/preço e consistência. A presença do Brasil no guia representa mais que um reconhecimento de talentos individuais — é um sinal da maturidade da cena gastronômica nacional.
Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor de alimentação fora do lar movimenta mais de R$ 250 bilhões por ano no Brasil. A premiação reforça a importância dos investimentos em alta gastronomia e turismo gastronômico, especialmente em um cenário pós-pandemia onde o consumidor busca experiências autênticas e sofisticadas.
“Estar no Michelin é o sonho de qualquer chef. Para nós, é um reconhecimento de anos de trabalho, pesquisa e respeito pelos ingredientes brasileiros”, disse Helena Rizzo, do Maní, à imprensa.
Além dos restaurantes estrelados, o guia também destacou 42 casas com o selo Bib Gourmand — reconhecimento dado a estabelecimentos que oferecem boa comida a preços mais acessíveis. Entre elas, o Charco, o Miado e o Mocotó, todos em São Paulo, se destacaram pela criatividade e excelência.
A presença contínua do Brasil no Guia Michelin também é um impulso para o turismo internacional. Segundo dados da Embratur, cerca de 8% dos visitantes estrangeiros que vêm ao país têm a gastronomia como um dos principais motivos da viagem. Com o reconhecimento internacional, é provável que esse número cresça nos próximos anos.

⭐⭐ Duas Estrelas Michelin (excelente gastronomia, que vale o desvio)
D.O.M. – Chef Alex Atala – São Paulo (SP)
Oteque – Chef Alberto Landgraf – Rio de Janeiro (RJ)
Oro – Chef Felipe Bronze – Rio de Janeiro (RJ)
⭐ Uma Estrela Michelin (cozinha de alta qualidade, que merece uma parada)
Maní – Chef Helena Rizzo – São Paulo (SP)
Evvai – Chef Luiz Filipe Souza – São Paulo (SP)
Kinoshita – Chef Tadashi Shiraishi – São Paulo (SP)
Kan Suke – Chef Keisuke Egashira – São Paulo (SP)
Jun Sakamoto – Chef Jun Sakamoto – São Paulo (SP)
Huto – São Paulo (SP)
Ryo Gastronomia – Chef Edson Yamashita – São Paulo (SP)
Kosushi – São Paulo (SP)
Mee – Rio de Janeiro (RJ)
Lasai – Chef Rafael Costa e Silva – Rio de Janeiro (RJ)
Huto – São Paulo (SP)
Cipriani – Rio de Janeiro (RJ)
Fasano – São Paulo (SP)
Maní Manioca – São Paulo (SP)
Bib Gourmand (excelente relação custo-benefício)
Mocotó – Chef Rodrigo Oliveira – São Paulo (SP)
Charco – Chef Thiago Gil – São Paulo (SP)
Miado – São Paulo (SP)
A Baianeira – Chef Mariana Oliveira – São Paulo (SP)
Lilia – Rio de Janeiro (RJ)
Pici Trattoria – Rio de Janeiro (RJ)
A expectativa para os próximos ciclos é que outras regiões brasileiras entrem no radar da publicação francesa, como Belo Horizonte, Recife e Curitiba, que já apresentam crescente valorização de ingredientes locais e chefs inovadores.
Com mais uma edição de prestígio, o Guia Michelin 2025 reafirma que a alta gastronomia brasileira está longe de ser apenas uma tendência — é um movimento consolidado que continua encantando o mundo.
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