Dieta Mediterrânea: o segredo da boa alimentação também para a saúde mental

Muito além da prevenção de doenças cardíacas, a Dieta Mediterrânea tem sido associada à melhora do humor, redução da ansiedade e até prevenção da depressão.

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Nos últimos anos, a ciência tem explorado com mais profundidade a conexão entre o que comemos e como nos sentimos — e um dos padrões alimentares que mais têm se destacado é a Dieta Mediterrânea. Rica em vegetais, frutas, grãos integrais, azeite de oliva, peixes e oleaginosas, essa dieta tradicional dos países banhados pelo Mar Mediterrâneo agora ganha os holofotes não só por seus benefícios ao coração, mas também por seu impacto positivo na saúde mental.

Estudos recentes mostram que pessoas que seguem a Dieta Mediterrânea apresentam menor risco de desenvolver depressão e ansiedade. Uma pesquisa publicada na revista científica Molecular Psychiatry revelou que indivíduos que adotam esse estilo alimentar têm até 33% menos chance de desenvolver transtornos depressivos.

Mas por que isso acontece?

Os alimentos típicos dessa dieta são ricos em antioxidantes, gorduras saudáveis (como o ômega-3) e compostos anti-inflamatórios. Esses nutrientes ajudam a proteger o cérebro contra o estresse oxidativo e a inflamação — fatores que estão associados a doenças mentais. Além disso, o consumo regular de peixes, sementes e vegetais promove um equilíbrio na microbiota intestinal, conhecida como o “segundo cérebro”, que influencia diretamente na produção de neurotransmissores como a serotonina.

Outro ponto importante é o aspecto social e cultural da Dieta Mediterrânea. Ela é mais do que uma lista de alimentos: trata-se de um estilo de vida, que valoriza refeições em família, tempo de preparo dos alimentos e um comer mais consciente — hábitos que por si só já favorecem o bem-estar emocional.

Adotar a Dieta Mediterrânea pode ser um grande passo não apenas para uma vida mais longa, mas também mais leve e equilibrada mentalmente. Em tempos em que a saúde mental se torna uma preocupação global, repensar o que vai ao prato pode ser uma ferramenta poderosa de autocuidado.