De saudáveis conscientes a indulgentes informados, conheça os novos perfis que moldam o futuro do mercado de food & beverage
Nos próximos meses, marcas de alimentos e bebidas vão precisar entender mais do que nunca com quem estão falando. Em 2025, o consumo já não se define apenas por idade, classe social ou gênero, mas por comportamentos, valores e motivações. Entender os novos perfis de consumidores é uma das principais chaves para inovação, fidelização e crescimento de marcas no setor.
Seja você um empreendedor da área, profissional de marketing ou apenas curioso sobre o futuro do consumo, esse conteúdo vai te ajudar a navegar pelas transformações do mercado. Vamos aos perfis?
1. O Natural Tech: consciência com tecnologia
O perfil Natural Tech reúne consumidores que valorizam a saúde, o meio ambiente e a transparência das marcas, mas sem abrir mão da inovação. Eles buscam produtos naturais, funcionais, orgânicos e livres de aditivos artificiais — mas também estão atentos a novidades como alimentos plant-based, bebidas com probióticos e proteínas alternativas, como grilos ou cogumelos.
São pessoas conectadas com o futuro e com a ciência, que acompanham rótulos, mas também estão por dentro de tendências globais. Costumam pesquisar antes de comprar e gostam de marcas que se posicionam com clareza.
2. O Indulgente Consciente: prazer sem culpa
Nem só de salada vive o consumidor moderno. O perfil Indulgente Consciente mostra uma mudança importante: as pessoas querem sim se permitir, mas com algum equilíbrio e informação. Esse grupo busca alimentos e bebidas que proporcionem prazer, conforto e afeto, mas que também ofereçam algum apelo nutricional ou funcional.
Exemplos? Snacks saudáveis, doces com menos açúcar, refrigerantes naturais e sobremesas com ingredientes funcionais. Essa é a geração que cresceu ouvindo que precisava "comer certo", mas que hoje entende que bem-estar também envolve o emocional.
3. O Explorador Sensorial: sabor é experiência
Esse perfil é movido por curiosidade, experiências e descoberta de novos sabores. Eles adoram testar ingredientes exóticos, fusões culturais e lançamentos ousados — especialmente se estiverem ligados a narrativas autênticas ou a experiências gastronômicas diferenciadas.
É o público que lota festivais de comida, que compra aquele sorvete com sabor de wasabi, que paga mais caro por uma bebida artesanal com uma história por trás. Marcas que souberem unir storytelling, sabor e visual atraente vão sair na frente com esse perfil.
4. O Pragmático Prático: conveniência com propósito
Esse é o perfil mais direto: o consumidor quer praticidade, agilidade e eficiência — mas sem abrir mão de qualidade e valores. Eles valorizam alimentos e bebidas que facilitem o dia a dia (como marmitas congeladas saudáveis, lanches rápidos ou bebidas prontas) e, ao mesmo tempo, querem marcas éticas, com processos limpos e preços justos.
É uma geração que cresceu vendo o tempo como um recurso escasso. Por isso, escolhe com base no custo-benefício e na conveniência, e prefere soluções simples, funcionais e confiáveis.
Como esses perfis impactam o mercado?
Esses quatro perfis não são estáticos — muitos consumidores podem transitar entre eles dependendo do contexto, do momento do dia ou da categoria de produto. Um mesmo jovem pode ser Natural Tech no café da manhã, Explorador Sensorial no happy hour e Pragmático à noite, buscando uma solução rápida para o jantar.
O importante para as marcas é entender que não existe mais um único modelo de consumidor. A chave está em criar propostas de valor claras, autênticas e adaptáveis, que conversem com diferentes motivações e momentos de consumo.
Além disso, é fundamental trabalhar com dados, escuta ativa e testes constantes. Tendências vêm e vão, mas o comportamento humano — e o desejo de comer bem, com sentido — é cada vez mais plural e personalizado.
Marcas que entendem pessoas criam mais do que produtos
O mercado de alimentos e bebidas em 2025 não é apenas sobre o que se come, mas por que e como se come. Os perfis de consumidores nos mostram que o futuro será feito por marcas que saibam interpretar sinais, atender múltiplas necessidades e criar experiências significativas.
Portanto, se você trabalha com alimentação, inovação ou comunicação, o desafio (e a oportunidade) está em olhar além dos dados demográficos e mergulhar nos desejos, dores e prazeres das pessoas. Afinal, comida é muito mais do que nutrição — é identidade, memória e cultura.
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